quinta-feira, 28 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Silence becomes it

A faixa 5 estava lá. Sem comentários, apenas lá. Com outro sentido, um sentido que nunca permiti encontrar, porque o sentido com que a guardo é demasiado forte para deixar espaço para outras interpretações. Há-de continuar lá e vão pensar que é uma canção de amor, para ti talvez.
Perguntavas, um dia, se a mesma música poderia caber em duas pessoas? Agora pode. Mais do que isso, em dois momentos.
Dois momentos: Um de amor outro de medo.
Quase chega a ser ironico, pensar que o amor e o medo se possam juntar (e confundir) assim.
Tanto amor e tanto medo. Dois momentos, distintos. Sempre tu e a música.

domingo, 24 de junho de 2012

Let the judges frown

Um beijo na testa, o aviso para ter cuidado e tomar conta de mim.
Escova de dentes e uma t-shirt na mão. A despedida.
É definitivo - estás feliz.

Que seja forte

E naquele abraço cabe tudo: A amizade acima e depois de todas as coisas.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Summer's bitch

Tenho medo do verão. Receio-o e evito olhar-lhe. Dizem-me que está sol, que este verão é que vai ser, que tenho de estar preparado. Dizem que sim, este ano não nos perdoam, que vai dar muito trabalho.
O verão já me tirou pessoas de forma permanente. O verão mostrou-me que apesar da praia, dos mergulhos ao final do dia e dos gelados que se podem comer na esplanada, consegue ser feio e mau. O verão é um cabrão disfarçado de fato e gravata. Um empresário de sucesso que engana os clientes. O verão já deu cabo da minha vida. Não tenho memória de um verão com coisas boas, somente coisas boas. O verão é como pagar a uma puta e ela não se mexer. O verão é uma promoção que esconde o maior encaixe de lucro. O verão ilude-me, promete-me uma coisa e dá-me o inverso. Preparo-me o ano todo para o verão e quando ele chega, eu fico assim, com receio de o enfrentar. Perco sempre contra o verão, nunca lhe ganhei, nunca. E isso roubou-me a ingenuidade toda. O verão obrigou-me a olhar para ele e a imaginar a Manuela Ferreira Leite quando poderia, facilmente, ser uma Daniela Ruah. Que o inverno chegue rápido e que as minhas pessoas permaneçam sempre aqui. Quero sempre acreditar que há coisas que nem o verão me pode roubar.

sábado, 16 de junho de 2012

She can wound with her eyes

Não te desiludas comigo. Por favor, não te desiludas.
Na minha cabeça, sempre pensei que chegasse ontem e ia amanhã. Não sei porque fui mas sei porque voltei. Regressei feliz e sei também porque razão o faço: porque és o meu porto de abrigo, o meu porto principal. O meu principal caso de vida. Caso-me com a tua vida. Casa-te tu, também, com a minha. A minha vida és tu e isto, isso é a única certeza que tenho.
Oiço o cd que me deste, o que era teu. Não me compraste, deste-me o teu. Oiço-o e até aí tudo o que é parte de ti está ali também. Faixa 5. Lembraste quando chorei agarrado a ti a ouvir isto? Nunca me vou esquecer e quero que no decorrer das imagens que dizem acontecer no momento em que se morre, esteja esse mesmo momento. A faixa 5. Tu e eu. Um abraço com todo o respeito do mundo. Até as lágrimas e a parte final da música que já está riscada e de todas as outras que me ofereceste.
Todas as músicas estão vivas, por ti - o meu porto principal.
Não te desiludas comigo, por favor. Nunca te pedi amor eterno, nunca. Apenas e só a tua vida porque a vida engloba o máximo de todos os amores.
Segui viagem, sim. Fui. Sabes como sou e do que sofro. Sabes que quando gosto de uma coisa vou até ao fim do mundo. Sabes que sou feito disto. Não sei muito bem porque fui mas sei que sempre quis regressar.
Regressei feliz e fiquei aqui. Permaneço, aqui. Ficarei sempre porque este é o meu lugar. É disto que sou feito. Aqui. Daqui... até ao mundo que nunca acaba ou aquele que nos separa. O nosso.